quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O que temos para ofertar deve ser, da melhor maneira, ofertado.



O evangelho de segunda-feira, 27.11, nos descreve Jesus observando aqueles que depositavam suas ofertas no Templo. Ele viu as pessoas ricas depositando suas ofertas mas viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. E diante disso afirmou:
"Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver" (Lc 21, 3-4).
A viúva, na tradição judaíca, era uma mulher indefesa que vivia numa vida de extrema precariedade, sem autonomia para se sustentar ou sair de tal condição. E apesar das várias leis que a protegia, ainda sim, muitas delas, vivam desprezadas e na miséria. Daí a importância que o tão pouco passa, de maneira renovada, a ter. Pois para alguém que nada tem, qualquer pequena quantia contribui para seu sustento.
A pobre mulher, por meio de seu testemunho, nos ensina que a verdadeira vida passa pela entrega total a Deus, por meio de um ato de fé, deixando sua vida aos cuidados da providência de Deus. É uma entrega a Deus tão verdadeira e tão sincera que nem mesmo a racionalidade de imaginar que ficaria absolutamente sem nada para viver, foi suficiente para evitar tão grande ato de amor no ofertório dela.
A fé na providência e a doação resplandecem nesta passagem, que nos convida a repensar nossa doação a Deus, bem como nossa fé. Somos convidados a investigar o que realmente nos motiva e qual a finalidade de tudo que fazemos e de que maneira temos feito.
Para quem não possui quase nada, doar tudo o que tem, é doar sua vida. E ao olhar para a 'pobre viúva' vemos nela uma condição social que muitas vezes não é a realidade de muitos. É possível enxergar que o maior convite não está em despojar-se de todos nossos bens, mas EM FAZER BEM FEITO TUDO QUANTO FORMOS CONVIDADOS A FAZER.
Portanto, Deus quer que façamos pouco, mas façamos bem feito. Quer ainda que lancemos fora todo o medo de entregar nossas vidas nas mãos de dEle. Com efeito, neste exercício de entrega e serviço, por meio do Nosso Senhor Jesus Cristo, nos tornaremos cada dia mais Santos.

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Por Jeovah Fialho

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