terça-feira, 6 de março de 2012

Como fazer uma boa confissão!


O Catecismo da Igreja Católica (CIC), no número 1421, nos ensina que, assim como o Senhor Jesus, médico de nossas almas e dos nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo (Mc 2,1-12), a Sua Igreja, encarnação continuada de Cristo, na força do Espírito Santo, continua a realizar Sua obra de cura e salvação.
Assim, para obter a misericórdia do Senhor, o fiel se aproxima do Sacramento da Penitência, reconciliando-se com Deus e com os irmãos. Deve ser um momento único na vida do fiel, pois exige a conversão do coração, um coração contrito e humilde, cheio do desejo de mudança de vida.


Para que este sacramento alcance a sua eficácia, a Igreja nos propõe alguns passos. Ei-los:
primeira coisa que o fiel precisa ter para realizar uma boa confissão é a consciência de ter cometido pecado. O Sacramento da Penitência exige como matéria o pecado, que pode ser classificado como venial ou grave. Hoje, muitas pessoas não conseguem diferenciar o pecado e correm o sério risco de confiar na misericórdia de Deus limitando-se às confissões comunitárias (que, por sua vez, não são permitidas em nossa Arquidiocese). O outro risco está em se reportar sempre à confissão, mesmo não tendo matéria grave. Tais pessoas são bastante escrupulosas e ignoram que, como bem sabemos, a caridade perdoa pecados veniais, assim como o sacrifício da Santa Missa, que é oferecido para a remissão dos pecados, o profundo arrependimento e o ato penitencial no início das Santas Missas.
Para se chegar a este primeiro passo, é necessário que o fiel faça um bom exame de consciência. Este momento não deve ser feito na fila do confessionário, mas sim de forma tranquila, em que o fiel repassa suas atitudes no trabalho, na família, na escola, fazendo a seguinte pergunta: “Tenho vivido o meu Batismo?". Quando realizamos este segundo passo de chegar à consciência do pecado e da destruição que causa em nossa vida, este gera em nós uma profunda dor, que a Igreja chama de contrição, a dor do arrependimento.
Na dor, o fiel, consciente de sua falta, sabendo o que ela gera em sua vida, faz opropósito de emenda, que é uma firme resolução de não voltar a pecar e de evitar tudo o que possa ser ocasião de cometer pecados. Este, infelizmente, é um ponto que muitos esquecem.
A confissão pode ser descrita da seguinte forma: o penitente, diante do sacerdote – ministro de Deus – de maneira humilde se ajoelha e confessa toda a sua miséria, todo o seu pecado. O ato de reconhecer-se pecador não deve ser um ato de rebaixar a criação, mas de reconhecer que somos filhos de Deus e que, quando pecamos, nos afastamos do projeto original de nosso Criador, que é a santidade, pois não somos deste mundo (Jo 17), mas somos cidadãos do Céu.
Por fim, o sacerdote, ao ouvir os pecados, dá a penitência, que deve servir para reparar o mal, assim como Zaqueu, que era um cobrador de impostos, e quis reparar o mal feito: “Se defraudei alguém, devolverei quatro vezes mais...”. Geralmente os sacerdotes pedem que rezem, mas se acharem por bem que o fiel deva praticar uma atitude penitencial, podem decretar.
Como vimos, meus irmãos, a confissão é um Dom de Deus, mas devemos realizar este ato com um espírito piedoso, com o desejo de nos aproximarmos e de permanecermos na graça santificante, na presença de Deus!

Confira os horários de Confissão de nossa Paróquia, clicando aqui.

Durante a Quaresma, procure seguir esses passos e procurar a Confissão.

Por Pe. Sérgio Cardoso, OCS
Direto espiritual do Segue-me da PNSF

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